quarta-feira, 2 de julho de 2014

MEC estuda criar política nacional de conteúdos digitais para as escolas

De acordo com secretária de Educação Básica, Maria Beatriz Luce, a ideia é incentivar as universidades a produzir esses conteúdos
O MEC (Ministério da Educação) estuda criar uma política nacional de conteúdos digitais para as escolas. A secretária de Educação Básica do ministério, Maria Beatriz Luce, adiantou à reportagem que a ideia é incentivar as universidades a produzir esses conteúdos.
"O nosso foco é pensar como podemos estimular as universidades, estudantes universitários, grupos de pesquisa para desenvolver esses conteúdos", disse Beatriz. O MEC trabalha em conjunto com outros ministérios como o da Ciência, Tecnologia e Inovação e o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. "Creio que não será complicado avançarmos bastante nos próximos meses. Espero que sim", disse ela.
Para a secretária, o ensino precisa de inovações; de desenvolvimento científico e tecnológico. "Precisamos trabalhar na formação de pessoas e fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação no campo da educação. Pensar não apenas na aquisição [de conteúdos digitais], mas principalmente em fomentar o desenvolvimento de produtos que cheguem à escola", disse.
Para que isso seja feito, a secretária destaca a necessidade de mais recursos, o que já está previsto no PNE (Plano Nacional de Educação), que deve ser sancionado até a próxima semana. A questão esbarra, contudo, em uma política curricular para o país: "Teremos que ter como referência a legislação vigente. Vamos ter que avaliar essas tecnologias para adquiri-las para nossas escolas", ressaltou. Outra questão, segundo ela, é a expansão do uso de tecnologias digitais para a formação de professores da educação básica.
Beatriz participou ontem (18) do lançamento do projeto Geekie Games. Na ocasião, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Chico Soares, ressaltou a necessidade do uso dos conteúdos digitais: "Os jovens e as crianças de hoje já foram criados em outro ambiente, da máquina, do computador. Precisamos de ferramentas novas".
Sobre a entrega de tablets para os professores dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, anunciada no ano passado pelo então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, Beatriz diz não ter conhecimento sobre quando isso será feito. "Que eu tenha conhecimento, não [vai ser feita essa ano]", destacou.



Plataforma oferece plano de estudo individual para se preparar para o Enem
Estudantes de ensino médio terão acesso gratuito a uma plataforma que oferece um plano personalizado de estudos para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O projeto Geekie Games oferece textos, videoaulas, simulados e jogos para os estudantes. O projeto também possibilita que os professores acompanhem em tempo real o desempenho dos alunos.
Na primeira etapa, lançada ontem (18), somente as escolas públicas dos Estados parceiros terão acesso ao site. No dia 17 de julho, ele será aberto a quem quiser estudar para as provas.
Os estudantes que acessarem a plataforma farão um cadastro e, com base no desempenho nas respostas a questões propostas pelo site, receberão sugestões de leitura e exercícios. Eles também poderão fazer quatro simulados. As notas serão calculadas como no Enem e os alunos poderão consultar em quais faculdades seriam aprovados.
Os professores, diretores e orientadores terão acesso a aulas prontas para usar em classe e poderão compartilhar suas aulas online.
A Geekie, responsável pelo projeto, foi selecionada pelo MEC (Ministério da Educação) por meio de edital no ano passado. Em 2013, 11 Estados aderiram ao Geekie Games e 1 milhão de alunos de escolas públicas foram cadastrados. Este ano, o número de Estados que aderiram chegou a 19 e a meta é ter 3 milhões de estudantes cadastrados.
A adesão de São Paulo, do Espírito Santo e do Distrito Federal está em andamento. Não participam ainda Piauí, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
"A ferramenta funciona como um professor particular. Se o aluno tem dinheiro, ele paga um professor, que monta um plano de estudos para ele. Mas a grande maioria não tem dinheiro e vai ficando para trás, perde a motivação e é difícil recuperar. Na Geek, não queremos deixar ninguém para trás", diz o co-fundador da plataforma, Claudio Sassaki.
De acordo com ele, a iniciativa já mostrou resultados no ano passado. A estimativa é que aproximadamente 70% dos pontos fracos dos estudantes cadastrados tenham sido superados. Os alunos com maior dificuldade tiveram uma melhora na nota três vezes maior que a média.
Link pessoal
A partir desta quarta-feira, os alunos de escolas públicas dos Estados parceiros receberão um link pessoal para acessar o portal. No dia 17 de julho a plataforma será aberta para todos que quiserem estudar para o Enem, estejam no ensino médio ou não. Os professores dos Estados cadastrados terão acesso aos relatórios de seus alunos a partir do dia 4 de agosto.
"Os jovens e as crianças de hoje já foram criados em outro ambiente, da máquina, do computador. Precisamos de ferramentas novas", disse o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Chico Soares, que participou do lançamento do site.
Apesar de ter sido escolhido pelo MEC, o projeto é patrocinado pela iniciativa privada, por empresas como Fundação Telefônica, Editora Moderna, Estácio, Fundação Via Varejo, FTB Sistema de Ensino, Guaraná Antarctica, Microsoft e Instituto Unibanco.
A próxima edição do Enem será nos dias 8 e 9 de novembro. Mais de 8,7 milhões se inscreveram para as provas. 
Fonte: Agência Brasil

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